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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Do amor, que nem é.

                   Tivera sido um amor inventado e sem muitas cores. Um amor controlado e sem muitos planos. Admitia flores, músicas e até algumas poesias roubadas. Foi uma estação, uma e meia, quase três, quem sabe. Mas foi passageira. Aquele amor que não teve a graça do primeiro, nem por sorte chegou a ser segundo. Foi um amor de fuga, de quando a solidão mete medo. Caneta, papel, dois personagens. Tudo pra ser amor. Só não tinha entrega, mas era amor. Nem tinha tantos sonhos e planos, mas era amor. Beijos, datas, ligações e mensagens. Era amor. Ciúmes, cobranças, saudade, sim, amor. Choro na despedida, podia ser amor. Se não foi eterno, nem teve muita história, não teve motivos, não tinha calor, nada de frio na barriga, coração batendo normal, mas era amor. E se não, perdoa o coração, que te fez chorar por "quase nada."